Eu costumava deixar tudo para depois e eu nunca dizia as coisas que eu queria dizer.
Em um domingo de manhã eu vi ela e comecei a pensar em como teria sido se naquela época eu soubesse o que eu sentia por ela.
A gente teria algo?
Eu queria ter dito a ela que eu a achava bonita. Que eu amava as pintinhas que ela tinha pelo rosto. Que eu amava as veias que ficavam evidentes em suas pálpebras. Que eu amava a cor dos olhos dela. Que eu a achava incrível, inteligente e realmente bonita.
Eu senti tanta nostalgia quando a avistei pela janela do ônibus naquela manhã. Mas aí veio aquela sensação de que mesmo se eu dissesse agora, não seria a mesma coisa. E eu nunca vou saber o que teria sido.
Em um domingo de manhã eu vi ela e comecei a pensar em como teria sido se naquela época eu soubesse o que eu sentia por ela.
A gente teria algo?
Eu queria ter dito a ela que eu a achava bonita. Que eu amava as pintinhas que ela tinha pelo rosto. Que eu amava as veias que ficavam evidentes em suas pálpebras. Que eu amava a cor dos olhos dela. Que eu a achava incrível, inteligente e realmente bonita.
Eu senti tanta nostalgia quando a avistei pela janela do ônibus naquela manhã. Mas aí veio aquela sensação de que mesmo se eu dissesse agora, não seria a mesma coisa. E eu nunca vou saber o que teria sido.
Naquele momento eu pensei que da próxima vez que acontecesse de eu achar que gostava de alguém, eu iria falar para a pessoa.
Eu daria meu jeito. Tentaria de alguma forma, mas não iria ficar mais calada e nem deixaria passar.
Aconteceu.
Eu fiz o que eu conseguia naquele momento. Escrevi uma carta.
De novo isso?
Pois é, repeti o mesmo erro de antes.
Eu falei. Verbalizei depois.
Não deu certo.
Doeu.
Doeu muito!
Sofri relembrando todas as vezes que deram errado e lembrei o que eu tanto tentava evitar todos esses anos em que eu só fazia silêncio e esperava tudo passar.
E não tem como dizer que acabou o que nem começou.
Dia 1 de agosto fez um ano.
Pelo menos eu tentei.
Fui corajosa!
Fiquei um ano repetindo para mim mesma que eu não fiz nada de errado e que talvez só não era para ser mesmo.
Mas sinceramente, eu não sei se acho que vale a pena.
Deu errado da mesma forma. As pessoas sabendo ou não, vai dar errado.
O que eu já pensava antes realmente faz sentido. Às vezes é melhor deixar algumas coisas, não ditas.
Eu queria saber o que seria dessa vez, mas não foi nada.
De novo!
Resolvi abrir o blog hoje e escrever. Por coincidência eu fui sortear um número do projeto 642 coisas sobre a qual escrever e tirei o número 186 - Algo que você deixou de falar numa hora importante. E foi certeiro! Era exatamente o tema que eu venho escrevendo em folhas soltas por aí e agora pude deixar uma parte aqui no blog.Tenho pensado em retornar para cá com um projeto específico, porém não sei por onde começar. Mas algum dia eu volto para cá mais vezes como antes. Sinto saudades de escrever aqui, mesmo que ninguém leia mais.
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