17 de fev. de 2017

Quando o "Feeling Blue" aconteceu em fevereiro

 Tudo estava muito "blue" em fevereiro de 2016 e eu mal sabia que seria assim quase o ano todo, mas tenho que confessar que não foi pior que 2015. Uma das coisas positivas que aconteceu depois que completei meus dezenove anos eu fiquei muito inspirada. É fato que a tristeza sempre teve esse efeito de me deixar mais inspirada e mais voltada para arte e eu fiz muitos desenhos e compus músicas demonstrando o quanto eu estava triste e me sentindo "azul" em fevereiro.

Jack Sparrow Again

   Ultimamente tenho encontrado algumas pessoas da escola que estudaram comigo ainda no ensino fundamental, e é encrível o quanto todo mundo parece ter mudado e eu não. Chega a ser bem estranho. Algumas pessoas engordaram, outras emagreceram, umas mudaram o cabelo ou estão com o rosto mais adulto, e o mais impressionante é ver que a maioria já estão se casando e ainda tem a mesma idade que eu O.o. Pois é, a maioria já estão realizando coisas enquanto parece que eu nem saio do lugar. 
   Mas a grande questão é que sábado dia quatro de fevereiro, acordei atrasada e desanimada (como de costume), me arrumei depressa e  saí correndo com a minha mãe sem passar maquiagem e nem nada, e ainda vesti as mesmas roupas lixo! E quando cheguei no ponto de ônibus quase tive um infarto quando vi o "P." que estudou comigo até a terceira série. Naquele momento eu me arrependi na mesma hora de ter saído de qualquer jeito e quis me enfiar num buraco.
    Eu não tenho o costume de me importar em ver as pessoas da escola desde que eu esteja uma "Beyoncé" no dia (risos), tudo porque na época da escola ninguém dava muito valor pra mim e eu era sempre a "feinha ", mesmo fazendo de tudo para não ser. Mas na terceira série depois da professora ter levado a gente na sala de vídeo pra assistir "Piratas do Caribe" eu nunca mais tive paz. O "P." que inclusive era um dos meus melhores amigos da época (pelo menos eu considerava), começou a me zoar de Jack Sparrow por causa das tranças que eu usava. Eu me lembro de ficar muito brava, mas ele não parava nunca, e ao mesmo tempo que ele era meu bully eu era o dele, porque o "P." tinha o famoso "jeitinho de gay" e como nós não tínhamos noção da questão de respeito da sexualidade das pessoas na época, (afinal não se tinha tanta informações como tem hoje), nós achávamos que isso era um xingamento e caíamos na alma dele. Ele tinha um ar arrogante e superior  e posso descrevê-lo como o Kurt Hummel de glee, cheio de drama e sarcasmo (e continua igualzinho a ele).
    Durante anos eu tentei apagar o Jack Sparrow da minha vida, afinal eu odiava usar tranças porque doía a cabeça e ainda por cima tinha as zoações de "cabelo de plástico" e etc. E bem naquele sábado  que eu precisava estar divônica (sqn), pra mostrar pro "P." que o Jackzinho aqui estava maravilhosamente "FLAWLESS" e evoluída depois de anos, eu simplesmente apareço feito lixo exatamente como na terceira série, com as malditas tranças de Jack Sparrow que eu tanto odeio. Ele me encarou por alguns segundos, mas parecia estar tão desconfortável quanto eu. 
    Talvez o desconforto do "P." tenha sido o mesmo que o meu. Ele queria mostrar que não era o garotinho "gay" da terceira série, mas ele estava vestindo rosa (não que isso queira dizer alguma coisa), mas quando ele me viu ficou mais rosa que a camiseta dele, e imagino que ele tenha pensado "OMG! Estou vestindo rosa perto da garota que achava que eu era gay na escola". Não foi um dia bom pra gente se econtrar depois de anos, e o choque foi tanto que nem nos cumprimentamos.
     Eu realmente não consigo entender o porque o ser humano tem essa necessidade de provar as coisas uns aos outros. Isso de fato causa muita frustração e constrangimento assim como aconteceu conosco nesse dia. Acho que ambos esperávamos causar um impacto de mudança, mas só provamos o quanto aquela essência da terceira série ainda existe e causa insegurança a respeito de nós mesmos. 
   Mas eu realmente daria tudo pra não estar com o cabelo de Jack Sparrow e vestindo lixo naquele momento, então eu fiz o que eu faço de melhor... Fingi que não tinha visto ele e saí correndo pra pegar o ônibus.

13 de fev. de 2017

Playlist // December

    Hey Everyone!
    Eu havia me esquecido completamente de postar a última playlist de 2016 apesar de ter deixado o post pronto. Deveria ter sido postado no máximo em janeiro agora, mas eu realmente estava desanimada e com preguiça de vir aqui postar. A preguiça foi tanta que nem fiz a montagem que sempre faço pra ilustrar a playlist, mas aqui está a última que deveria ter saído em dezembro de 2016, mas acabei deixando para depois.  
    Como sempre 90% das músicas da lista são antigas, mas eu realmente curto muito e espero que vocês também curtam!
// Músicas que não tem no Spotify

3 de fev. de 2017

I Don't Want to be a Loser

    São 17:53 da tarde e eu ainda não fiz absolutamente nada pra mudar a minha vida. Assisti um filme na sessão da tarde (aquele o terno de um bilhão de dólares), e li alguns capítulos do livro que estou lendo (O Futuro de Nós dois). Acordei meio dia e alguma coisa e almocei às três pouco enquanto esperava o filme começar. Estou procrastinando terminar os projetos que comecei (inclusive as metas desse ano), e sabe de uma coisa... Eu não sei o que estou fazendo com a minha vida.
    Não era assim que eu me imaginava no futuro. Eu pareço um lixo de dezenove anos cheirando a fracaço e desespero. Minhas tranças estão soltando e meu cabelo está ficando todo em pé. Estou usando meias que batem até na canela e ainda não tomei banho hoje. Nem me lembro quando foi que lavei meu cabelo. Meus pelos crescem por toda parte, até mesmo as axilas que acabei de depliar com cera quante, já estão cheirando mal com os pelinhos que crescem de novo e me inomodam. Eu realmente odeio pelos, mas não sinto vontade de tirá-los agora, estou agoniada demais pra pensar neles. Mas pelo menos as minhas unhas estão feitas e pintadas de lilás, que não é minha cor preferida, mas eu iria morrer de depressão se eu pintasse minhas unhas de azul marinho de novo.
    Minha vida é uma bagunça, meu quarto é uma bagunça e mesmo que eu tente organizar nada dá certo. Nem um emprego decente eu tenho e não faço as coisas que amo. Entreguei milhares de currículos em três anos e deve ter escrito na minha testa "PERDEDORA", bem grande por que ninguém sequer me ligou pra marcar entrevista. Outra possibilidade é que eles podem estar usando meu currículo como rascunho ou passando diretamente na máquina de picotar papel. Meu amigo disse que as empresas não tem uma máquina dessas, mas em um sábado que fui no centro eu vi um monte de papéis picado no lixo e com certeza meu currículo de perdedora estava lá.
     É tudo muito triste, e mais ainda por que eu reflito e penso sempre que não era assim que eu me imaginava no futuro. Deve ser por isso que eu nunca quis crescer, mas aconteceu, já que o Peter não veio me buscar pela janela. Na próxima vida vou me lembrar de nascer ruiva e me chamar Wendy.
   Eu definitivamente não sei o que fazer a respeito da minha vida, desse blog e de todo o resto. E eu nem se quer tenho um celular pra fazer minhas caminhadas ouvindo músicas como eu fazia antes pra ficar calma. Ahh e o cabo do meu notebook parou de funcionar de novo e não tenho grana pra comprar outro. Está tudo uma DROGA! E olhem só pra mim usando gifs pra me expressar da maneira mais loser possível.