18 de nov. de 2019

Minha mãe é uma sereia

E ainda aproveitando a semana de Telecine grátis que eu havia assinado para assistir alguns filmes que eu não fui ver no cinema, eu acabei assistindo alguns que não necessariamente eram filmes novos, mas que eu tinha muita vontade de assistir. Dentre eles "Minha mãe é uma sereia".
E assim como os outros dois filmes sobre adolescentes que eu havia me identificado anteriormente, esse também me trouxe grande nostalgia, pois a Charlotte me lembrou minha personalidade na infância que queria ser freira e tals hahaha. Mas em parte eu só queria ser freira, porque eu pensava que ia ser como no filme mudança de hábito, que era um dos meus favoritos da época. E também porque eu gostava muito de estudar história e tinha ficado fascinada pela da Joana D'arc. Além desse negócio de ser normal não era pra mim desde cedo e eu não queria me igualar às meninas da minha escola que viviam falando sobre meninos vinte e quatro horas por dia.
Mas embora tudo isso me lembre minha infância e todo ambiente do filme, que me é bastante familiar, (já que eu só assistia esses filmes mais antigos e jurava que eu ainda vivia nos anos 80 ouvindo fita k7 no rádio velho do meu pai), o filme ainda conseguiu descrever meus pensamentos atuais exatamente nesse momento em que estou agora. Como essa frase que andei refletindo bastante e me lembrando do quanto eu não queria ser adulta, desde quando eu era criança e tomei conhecimento do quão chato seria (e de fato foi e está sendo). E exatamente por ser chato para caramba ser adulto, ninguém de fato quer ser e toda a responsabilidade acaba sobrando para alguém tomar e eu senti muito esse peso naquela época. Eu não deveria pensar em coisas tão difíceis enquanto deveria estar só sendo criança.
E o que é obvio e eu nem preciso de um filme para provar isso... 
Desde que larguei a faculdade e meu emprego para seguir meus sonhos que eu havia abandonado no caminho eu decidi que teria uma vida emocionante, mas ainda não deu certo e estou estagnada no meio do caminho, e eu realmente preciso de um pouco mais de adrenalina no meio do caminho. Sei lá, fazer alguma coisa muito louca e fora da bolha que eu criei.
E quem nunca quis fugir não é mesmo? Eu ainda penso nisso o tempo todo e sinceramente eu preciso de espaço para terminar de "crescer", mas o medo de simplesmente deixar tudo e fugir tem sido maior, porque eu não tenho garantia que vou conseguir mudar alguma coisa no novo lugar que eu for. Se eu continuar sendo a mesma coisa? Seria bem sad não?
E a única conclusão plausível que eu chego é que eu realmente tenho que só ir seguindo em frente. O que é super boring, mas é o que um adulto faz e sempre fez.
E entre controlar os hormônios da puberdade e a vontade de ser pura para ser freira, e ter que lidar com sua mãe bipolar que está sempre se mudando com ela e sua irmã mais nova para fugir de cada um de seus ex namorados que vão ficando pelo caminho, Charlotte é a típica adolescente reprimida dentro dos valores que ela mesma criou para si como um ideal de vida que não a tornasse como a mãe dela quando ela crescer. O que eu também me identifiquei, afinal com pouca idade eu já tinha certeza do que eu não queria ser e tracei o mesmo modelo ideal de vida de Charlotte. E a única diferença dela para mim, é que ela se libertou em um momento do filme. Já eu continuo na mesma, não me permitindo viver um monte de coisas por acreditar que aquilo me levaria à ruína.  

Agora vão escutar a diva Cher cantando o tema do filme que também me dá uma super good vibes, por eu ter escutado as músicas dela praticamente minha infância toda. E os figurinos delas nesse filme... Caramba!!!
Cher - The Shoop Shoop Song (It's in His Kiss)
P$: A Christina Ricci como a irmãzinha mais nova da Charlotte (Winona), aqueceu meu coração durante o filme, porque ela era uma das atrizes que eu amava assistir todos os filmes em que ela estava na minha infância. ♥

Filme assistido dia 2 de outubro de 2019.

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